Para criarmos através da Lei da atração e liberdade sexual é preciso equilíbrio e coordenação entre emoções, pensamentos e corpo motor para direcionar nossas energias, atenção e ações.
A criação através da lei da atração exige um trabalho não mecânico. É um trabalho sutil que demanda o despertar de energias mais sutis, como a poderosa ENERGIA SEXUAL. A expressão sexual de cada indivíduo, desde que não fira nenhum outro ser, deve ser livre e desobstruída.
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O que acontece com uma energia obstruída? O que acontece com um encanamento entupido nas profundezas das paredes de uma casa? Ela afeta todo o resto do sistema. Um encanamento entupido pode destruir toda a casa, assim como a energia sexual que não se expressa, não flui de modo natural, pode afetar o bom funcionamento do pensamento, das emoções, da atenção e das ações.
Não é possível estar consciente do próprio poder, não é possível criar o seu ponto de atração através de um trabalho sério com a Lei da Atração sem estar consciente sobre a própria sexualidade e para onde esse desejo primordial te impulsiona. Lei da atração e liberdade sexual.
Somos levados a pensar que a liberdade sexual atrairia para nossas vidas e para a sociedade um mundo de luxúria, libertinagem e deturpações. Mas na verdade, a ideia do pecado e das proibições em relação a algo tão natural como o sexo, desde a tenra idade, vão criando energias represadas, culpas, monstros, fantasias perniciosas, devaneios, raiva, pânico, tristeza, violência, depressão. Essas coisas, por sua vez vão criando outros monstros na estrutura social.
Só um parêntesis antes de seguir. Não confunda livre expressão sexual com cópula sexual. A primeira é abrangente e diversa e envolve toda a vida. A segunda é encontrada também nos animais e é restrita a um único ato. A primeira pode envolver a segunda. A segunda nem sempre pode envolver a primeira.
Uma pessoa realmente livre e que destruiu a ideia do pecado tende a ter a energia sexual bem equilibrada e até mesmo neutralizada, colocando seu foco e força em propósitos superiores.
A liberdade sexual implica responsabilidade.
A moralidade do pecado cria abominações.
O sexo é compartilhar sagrado, é santuário.
Liberte-se. Torne-se consciente do próprio poder!
Não ouça as leis impostas sobre o seu santuário sagrado. A sua individualidade não deve ser invadida, perseguida. Ela é propriedade sua, é privada. Não abra as portas para os ladrões. Moralizar o sexo é o mesmo que assaltar as pedras mais preciosas da terra. Não abra a porta para assaltantes, seja qual for as suas vestes e o quão manso o tom de sua voz. Não desperdice uma vida que pode ser vivida da forma mais poderosa e não sob as chibatas que escravizam. Quantos jovens, ao tentar reagir a um assalto à sexualidade não se matam ou são mortos? Conheço alguns.
Aqueles que moralizam e proíbem a livre expressão sexual já estão mofados por dentro. Seus cérebros já queimam no fogo mais ardente e seus corações derretem feito geleira ao sol. Tudo que eles podem fazer para adiar o próprio enterro é sugar um pouco da vida de quem ainda a preserva. Esqueceram que prejudicar o outro é prejudicar a si mesmo! Não se esqueça, você! Não fira e não se deixe ferir.
Se você acha que sofrer é natural a LEI DA ATRAÇÃO E LIBERDADE SEXUAL NÃO É PARA VOCÊ.
Sofrer é um hábito mecânico. Um hábito que poucos estão dispostos a colocar de lado de uma só vez. Como quer atrair o que quer que seja se você está ainda empenhando a maior parte de sua energia no sofrimento?
Negar a vontade consciente, seja qual for, é negar a existência da própria alma, cada uma formando o todo, é diversa em natureza e expressão. Sem a vontade de cada alma não haveria motivação, ação, experiência.
Entramos em conflito e queremos adequar o diferente, nos esquecendo que o diferente é apenas outra expressão nossa mesmo, em outro ponto do tempo-espaço. Não existe real oposição entre almas que se expressam de forma saudável e genuína. Não busque evitar a projeção de si mesmo. Busque compreender o que admira no outro, porque a repulsa também é atração, só que em níveis inferiores do SER.
Só a compreensão e a autoconsciência em relação ao sexo podem garantir o poder que nos é próprio e evitar uma vida pessoal e social catastrófica. Se não prejudica o outro, se não fere o outro, se faz bem a si e a outro a moralidade é abominável e a omissão sexual essa sim um pecado. Preferências pessoais não devem ser tratadas como verdade universais, assim como a cor amarela de um campo florido não deve impedir o florescer de outras cores. A cura da consciência é possível e necessária. A expressão sexual tão livre quanto o homem é pressuposto da cura.
A cura da mente e sua consagração no mais alto poder não é possível sem a força livre e saudável da expressão sexual.
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Artigo escrito por Fernanda Gaiotto Machado