Ainda nos tempos atuais é impressionante o número de relatos de mulheres que são, pelos homens, tratadas como objeto, um mero brinquedo de “satisfação sexual e material”. Lei da atração e restrição sexual
O adultério masculino ainda é largamente aceito- embora cada vez menos- enquanto o adultério feminino é tido como absurdo e respondido com violência, uma vez que uma esposa satisfeita pode “privar o marido” de satisfazer suas necessidades sexuais. Essa é a antiga função da mulher na sociedade patriarcal: a satisfação do impulso sexual do marido e tudo que isso envolve. Não é de longa data a proibição de que mulheres votem ou decidam se separar. E em alguns lugares do mundo isso subsiste.
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A civilização também já abrigou comunidades matriarcais, com o domínio das mulheres e que também tiveram sérios problemas. Nem o matriarcado, nem o patriarcado são soluções viáveis.
Ainda estamos fazendo brotar a civilização CONSCIENTE DO PRÓPRIO PODER e absolutamente livre, em que a responsabilidade será levada tão a sério que o único real pecado será a restrição da vontade.
Assistindo a uma série que relata crimes domésticos, é fácil notar como, ainda hoje, se mata e se morre quando o homem parece ter perdido o absoluto controle da mulher. Isso ocorre, principalmente, quando a mulher decide deixar o casamento.
A mulher tudo pode menos decidir partir.
Qualquer homem que ainda “funcione” no antigo modelo patriarcal está fadado a duas coisas: a ser enganado ou a ser deixado. Uma terceira hipótese, ainda, é o próprio homicídio.
O instinto sexual é uma das coisas mais profundamente assentadas na VONTADE e com menos possibilidades de ser explicado.
Traição não é o caminho, restrição sexual ou de outra ordem, tampouco. O caminho é a compreensão da Verdadeira Vontade.
E se se decide seguir na moral religiosa-familiar e manter o casamento, à força, apesar de todo o desejo de viver vontades insurgentes? Represar esse fluxo irrefreável pode significar o adoecimento do corpo e da alma.
Falar sobre isso na atual sociedade ainda parece ser tabu, mas observe quantas pessoas se desfiguram, adoecem e se tornam irreconhecíveis durante um casamento. O problema nem sempre é o parceiro em si, mas a tentativa de matar vontades profundas de novas vivências que chamam através do fluxo da vida. O mesmo pode acontecer com pessoas que se recusam a se relacionar, por receio da vulnerabilidade, voto de castidade ou qualquer outra questão. A vida é relação e o desejo sexual sempre segue seu fluxo.
Vi um filme sobre um cirurgião que estuprava mulheres e enganava a esposa, que o ajudava nos negócios. Mesmo sem admitir isso à sociedade e recusando a deixar o marido, a mulher adoeceu. Em um documentário, soube também de um famoso apresentador cuja primeira mulher adoeceu admitindo que ele, o marido, nunca reconheceu publicamente a relação por medo de perder a imagem de galã que possuía na televisão.
Uma fisiculturista americana, após apanhar do marido diversas vezes e com medo de denunciá-lo novamente e ser morta, decidiu usar a sua força e matá-lo.
Não me refiro apenas à violência física, que pode ser até menos pior do que o rotineiro sufocamento da vontade ou das palavras enigmáticas de um advogado concluindo com “divórcio”.
Não estou aqui fazendo diferença entre gêneros, pois sabemos que cada homem e cada mulher carrega os dois gêneros consigo. Estamos falando de polaridades, mais ou menos cristalizadas.
Aqui só damos destaque à desvalorização da mulher por ainda estarmos inseridos no fim de um período altamente patriarcal e bélico.
A mulher que NÃO É VALORIZADA enquanto poder criador adoece, mata ou morre. Não é possível criar atração sem esse entendimento.
Para exercer a verdadeira Lei da atração e restrição sexual é preciso aprender sobre as sutilezas do feminino e invocar o seu poder, enquanto o masculino se mantém em criador equilíbrio. O controle grosseiro da vontade alheia, seja ela qual for, é o verdadeiro pecado. A compreensão da vontade é caminho de sabedoria. Controle é repulsão, que não deixa de ser atração. Você atrai o que tenta controlar. Quando uma mulher é chamada de “burra”, ainda que em pensamento, é o homem que o está sendo, e ele terá a prova concreta disso muito em breve. É a lei da vida. Quando o homem priva a mulher de algo, é ele que está se privando disso. Vontade não é compulsão. A vontade é força incontrolável, é destino de água de rio que corre para o mar.
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Artigo escrito por Fernanda Gaiotto Machado