O homem está disposto a largar tudo menos o sofrimento. Quero falar nesse artigo sobre o tema sacrifique o sofrimento na lei da atração.
A maioria está identificada com o sofrimento e a falta.
Se lhes tirar o sofrimento não sobra NADA.
As pessoas se definem tanto pelo que sofrem que se dissermos que a vida é puro milagre elas lhe contarão as histórias mais miseráveis para provar o contrário.
Valoriza-se a presença de um amigo diante de um momento de dor, mas pouca atenção é dada a aqueles que trazem alegrias e boas novas.
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Muitos sentem prazer em ajudar um sofredor e deleite quase nenhum em compartilhar o êxtase da vida.
Uma mãe se compadece e reforça o comportamento do filho depressivo e apático, e pouco celebra a vida daqueles cujos átomos estão cheios de matéria planetária.
Reforçamos o culto à escuridão.
Tragédias há todos os dias, são frutos dos acidentes da mecanicidade. Resta saber se estamos apegados a eles, ou se já estamos prontos a quebrar essa fidelidade imbecil ao sofrimento.
Feito um automóvel que quebra e para de funcionar e interrompe o caminho de outros que nele batem, assim é o homem-máquina sofredor. Está sempre quebrando, à mercê do acidente, trazendo outros consigo.
Sofrer é um vício. Não digo que não devemos sofrer nunca. O luto é necessário, a dor é natural. Tem seu lugar. Mas o sofrimento se tornou um vício.
Basta não termos a atenção que desejamos ou uma ambição infantil não realizada e pronto, passamos a sofrer. Basta uma dor física para imaginarmos uma doença grave e um “não” para que o fraco em nós desista e entre em anos de depressão profunda.
Cultua-se esse Deus chamado sofrimento, que passa a competir com a verdade absoluta de que a nossa própria vida é um milagre e que apenas o milagre a sustenta.
Enquanto não sacrificar o sofrimento o homem não terá a chance de atrair as coisas que tanto anseia por vontade genuína. Sua essência madura será sempre escrava da sua personalidade infantilizada.
Enquanto estiver disposto a sofrer o homem atrairá todo o necessário para se evitar o sofrimento. Sua vida girará em torno dos mecanismos de fuga do sofrimento.
A partir de agora, esteja indisposto a sofrer. Tranque a porta toda vez que escutar os passos do sofrimento, antes mesmos que a sua mão bata firme, a te chamar.
Há beleza quando você mata o sofrimento e ela exige FORÇA. Sem o culto ao sofrimento, é a compreensão que te resta. Há beleza na morte.
Observe suas histórias ao conversar com alguém. Quais são elas? Com o que você se identifica?
Me impressiona o prazer que alguns sentem ao falar de doenças, perdas, conflitos e bobagens de toda sorte.
É possível sair fortificado de um período de luto. É possível não fazer reverência ao medo da morte, da solidão e da doença. É possível ver milagre em tudo.
É possível passar um dia sem fazer comparações com a vida de outro. É possível apreciar a liberdade e compreender que a única coisa que sustenta as batidas do seu coração é de um PODER IMENSURÁVEL.
Mas é necessário SACRIFICAR O SOFRIMENTO. Bani-lo como se fosse uma praga, sem qualquer margem de permissividade, sem qualquer indulgência. Extirpar na raiz, de uma vez por todas.
É possível que ao fazer isso, muitos outros movimentos ocorram. Você será empurrado para fora dos rituais de escravidão eterna e poderá, no início, ter que ser guiado por entre a Neblina.
O desejo cego causa sofrimento, a vontade não. A vontade independe dos resultados, porque a vontade é certeza absoluta da beleza do caminho a percorrer.
O Deus Sofrimento consome tanta energia que sobra muito pouco para amar. O peso pesado da matéria nos impede de enxergar através da Neblina e subir alto.
Como disse Ouspensky: “A evolução do homem é a evolução do seu poder de “fazer” e “fazer” não pode ser o resultado do que acontece”.
Seja autônomo em relação às influências exteriores.
Enquanto um homem não definiu suas próprias metas não é sequer capaz de começar a fazer. “Fazer” pressupõe uma meta. Sofrer é o aterramento da meta. É o sufocamento da vontade.
O que nos acontece ou pode nos acontecer depende de uma dessas três causas: o acidente, o destino, ou a própria vontade.
O homem apegado ao sofrimento, que vive feito máquina, com diversos “eus” para cada circunstância, não consegue escapar ao acidente. Sua vida é acidente e pode ser qualquer coisa.
Quando os homens desenvolverem sua verdadeira vontade, será possível saber o seu futuro, pois as circunstâncias externas nada implicarão no curso de seu trabalho. Para isso, é preciso deixar de ser uma máquina sofredora.
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Artigo escrito por Fernanda Gaiotto Machado